sábado, 29 de dezembro de 2012

Campeonato Carioca 2006: Arbitragem prejudica America na final da Taça GB

América: Edilson é batedor de carteira perto de árbitro da final de 2006

Reprodução
Lance de pênalti reclamado pelo América, na final da Taça Guanabara de 2006, contra o Botafogo, que perdia por 1 a 0 e virou o jogo para 3 a 1
Lance de pênalti reclamado pelo América, na final da Taça Guanabara de 2006, contra o Botafogo, que perdia por 1 a 0 e virou o jogo para 3 a 1
Eliano Jorge
Todas as suspeitas, evidências e reclamações contra arbitragens no futebol, por mais infundadas que sejam, se materializaram nas denúncias de dois supostos ex-árbitros que apontaram ao Jornal da Record um esquema de manipulação de resultados dentro da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, ao menos entre 2006 e 2010. Uma das vítimas indicadas pela dupla é o América, quinto clube de futebol mais tradicional do Estado, e um dos que mais se queixam de arbitragem. O presidente americano Vinicius Cordeiro, em entrevista a Terra Magazine, afirma que não se surpreende tanto com as acusações. - Na final de 2006, nós tivemos aquela arbitragem escandalosa, na final da Taça Guanabara - exemplifica o dirigente, ainda indignado pelo que considera favorecimento explícito ao Botafogo. Cordeiro compara William de Souza Nery, que apitou aquela decisão, com Edilson Pereira de Carvalho, principal árbitro do escândalo que motivou a anulação de 11 partidas na Série A nacional de 2005. - Para mim, o Edilson é batedor de carteira perto do Nery. Ele ajudou a frustrar o sonho de 50 anos - opina, se referindo à chance de conquistar um título que o América não obtém desde 1960. Neste sábado (3), o clube rubro estreia na Copa Rio, diante do Madureira, com arbitragem de um dos acusados de manipular jogos, Lenilton Rodrigues, conta Cordeiro. - Estou extremamente preocupado porque esse árbitro está sob suspeita - diz o presidente americano. Confira a entrevista. Terra Magazine - Como o senhor recebeu as denúncias de manipulação de resultados no Rio de Janeiro e que providências o América tomará? Vinicius Cordeiro - Recebi a denúncia inicialmente com indignação, como todo torcedor, como todo cidadão que tem no futebol uma paixão. Em primeiro lugar, a gente está indignado e quer uma apuração desses fatos pela própria Federação, que tem o papel e o dever de apurar. Em segundo lugar, que o Ministério Público também faça sua parte. E pedir que a própria imprensa não deixe que o assunto durma. Agora, em terceiro lugar, não tenho tanta surpresa porque o período apontado foi entre 2006 e 2010. Na final de 2006, nós tivemos aquele arbitragem escandalosa, na final da Taça Guanabara. Aquele foi o exemplo mais evidente (de possível manipulação de resultado), para o senhor?E gritante. Para mim, foi. Agora, em 2011 (quando foi rebaixado à segunda divisão estadual), o América tinha uma equipe muito fraca tecnicamente, e por isso eu me reservo a esperar a apuração dos resultados para me pronunciar. Mas confio, mais uma vez, que a Federação faça seu papel, que investigue rigorosamente essas denúncias e que o Ministério Público também tome as medidas legais cabíveis. O América vai aguardar o desdobramento dessas investigações para se pronunciar ou para tomar alguma medida que caiba esportivamente. Se o esquema estava dentro da Federação, é possível que ela própria vá conseguir apurar isso corretamente?Não sei que entidade, não sei quem está envolvido, então não posso sair afirmando que a Federação não possa se autoapurar. Ainda acredito que o presidente Rubens Lopes tenha o bom senso de instaurar uma investigação por conta própria e procurar saber o que houve exatamente, que não seja um processo somente de descredibilizar o denunciador, mas seja um processo de procurar, de fato, ver as evidências daquilo que os árbitros falam. Existe algum temor e alguma precaução para os próximos jogos do América?Peguei a denúncia um pouco mais completa, vi da fonte investigadora. O América inicia amanhã a Copa Rio, às 15h contra o Madureira, e o árbitro escalado é o árbitro envolvido num dos jogos apontados como manipulados. Então, estou extremamente preocupado porque esse árbitro está sob suspeita, digamos assim. Quem é ele?Lenilton Rodrigues. Estou profundamente preocupado. Espero que a Federação coloque um olho mais apurado nessas coisas. Chegou a ser nominado nas denúncias também o árbitro da final da Taça Guanabara de 2006?Não. William Nery, né? Para mim, o Edilson (Pereira de Carvalho, árbitro do escândalo de manipulação de resultado do Campeonato Brasileiro de 2005) é batedor de carteira perto do Nery. Ele ajudou a frustrar o sonho de 50 anos. O senhor lembra dos lances daquele jogo?Lembro, lembro. O (atacante americano) Chris foi calçado pelo goleiro (botafoguense) Max dentro da área, sem bola. Entra na internet aí, bota "Botafogo x América 2006", pode passar as imagens para o seu leitor que ele vai ver que absurdo. Na final do campeonato. É um prejuízo que não pode ser reparado nunca, né, para um time há tanto tempo sem ganhar um título? Evidente. O América é fundador da Federação, ele fundou futsal aqui em Campos Sales, é um clube pioneiro. Nada vai repor aquilo que a gente tenha eventualmente perdido, mas é uma coisa muito clara: nós temos um sentimento de injustiça, de mostrar a verdade e de moralizar as competições. É disso que nós estamos atrás.
Fonte: MSA Pro America (02/09/2011)
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Denúncias de manipulação de resultados pela Ferj (04/09/2011)
Fonte: Msa Pro America
Sob anonimato, dois ex-árbitros denunciaram um esquema de manipulação de resultados na Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro). Em entrevista para a TV Record, eles disseram que existe um "esquema" em todas divisões do futebol carioca, inclusive para classificar times grandes no campeonato estadual.
"Todos árbitros sabem que tem esquema. Hipocrisia é falar que não tem. Na Ferj tem esquema pra subir, pra descer, pra ganhar campeonato e tudo", disse um dos "anônimos" ex-árbitros. Outro foi além: "Geralmente eles querem que os grandes se classifiquem para poder dar renda. Quando isso não acontece, o sistema fica abalado".
Para exemplificar essas manipulações um deles citou os casos do América-RJ e do Friburguense. Ele disse que o primeiro já estava condenado ao rebaixamento e que o acesso do segundo já era certo, por causa da influência dos árbitros. "Se tiver um pênalti duvidoso, ele marca pra um time", explicou.
ÁRBITRO ENVOLVE A CBFOutro ex-árbitro envolveu até a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em suas denúncias: "cheguei à CBF por pertencer ao esquema. Quem não fizer o esquema deles não entra na CBF", relatou, ao confessar que já participou da manipulação de mais de quinze jogos.
O presidente da Ferj, Rubens Lopes, e o chefe da comissão de arbitragem, Messias Pereira, foram ouvidos na reportagem. "Não existe jeitinho, não existe arrumação. As regras são cumpridas fielmente", disse Rubens. Além disso, a entidade já solicitou ao Procurador Geral de Justiça uma investigação para apuração dos fatos.
Após denúncias, árbitros assinam manifesto redigido pela FerjJuízes e auxiliares participaram de reunião convocada depois de emissora revelar suposto esquema de fabricação de resultados
Jorge Rabello é o presidente da comissão de arbitragem da Ferj 
Daniel Leal
Publicada em 03/09/2011 às 12:25
Rio de Janeiro (RJ)
Cerca de 70 membros do quadro de arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) assinaram neste sábado um manifesto redigido pela entidade para repudiar as denúncias de manipulação de partidas no Campeonato Carioca.
Reportagem da Rede Record veiculada na quinta-feira revelou suposto esquema de fabricação de resultados no Estadual. As acusações foram feitas por dois ex-árbitros da Ferj. Segundo eles, a fraude acontece desde 2006 para beneficiar aliados da entidade e prejudicar clubes de oposição.
O documento foi apresentado aos árbitros do quadro da Ferj na manhã deste sábado, em reunião agendada às pressas na véspera, após o aparecimento das denúncias. Os juízes e auxiliares, inclusive, sequer sabiam o tema que viria a ser abordado no encontro.
O presidente da comissão de arbitragem da Ferj, Jorge Rabello, abriu a reunião rebatendo as acusações feitas pela Record, sem citar nominalmente a emissora. Em seguida, anunciou que a entidade redigira um manifesto em nome dos árbitros e propôs a anexação da lista de presença do evento ao documento, como registro de adesão de todos os participantes.
- Quem não quiser tem toda a liberdade para retirar seu nome - ponderou Rabello.
O manifesto preparado pela Ferj afirma que os árbitros "foram surpreendidos" pelas denúncias, que foram repudiadas "de maneira veemente".
"Erros sempre acontecerão, mas nunca para prejudicar ou beneficiar intencionalmente", diz o documento lido para os árbitros, que também não cita a Record. "Qualquer desvio de conduta constitui ato individual isolado", completa.Na Justiça
Durante a reunião, também foi anunciado que o Sindicato dos Árbitros Profissionais do Rio de Janeiro (Saperj) entrará com ação na Justiça contra a Record em virtude das denúncias apresentadas. A entidade de classe também é presidida por Jorge Rabello.
A Ferj também deverá processar a emissora. Em outra frente, a entidade enviou na sexta-feira ofício à Procuradoria Geral de Justiça do Rio de Janeiro solicitando instauração de inquérito para investigar as acusações.

FERJ ANUNCIA QUE PROCESSARÁ REDE RECORD APÓS DENÚNCIAS TIDAS COMO INFUNDADAS (03/09/2011)

Rodrigo Viga Direto do Rio de Janeiro
O presidente da comissão de arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), Jorge Rabelo, anunciou que vai processar a TV Record pela denúncia de manipulação de jogos no campeonato carioca. Segundo ele, a matéria com dois ex-árbitros da Ferj, que aparecem ocultamente na reportagem, é infundada e leviana. “Ficamos perplexos. É uma reportagem leviana e sem fundamentação. Foi uma covardia e a partir de agora as medidas serão tomadas”, disse Rabelo ao Terra. A matéria foi também conduzida ao Ministério Público (MP), que ajudará na investigação. As ações judiciais serão movidas na próxima segunda-feira na Justiça e no MP carioca. Rabelo disse também que a entidade já identificou os dois juízes, que fazem parte de um grande rol de árbitros afastados dos quadros por má conduta. Nos últimos quatro anos, foram afastados no Rio de Janeiro 236 árbitros e assistentes por problema físico, técnico ou de conduta. “Esses dois elementos que deram as declarações disseram que participaram de esquemas, então são criminosos e réus confessos”, declarou o presidente da comissão. Ele afirmou que a entidade conduz de forma transparente a comissão de árbitros e todos cartões vermelhos dados pelos juízes nos jogos estão disponíveis em vídeo na Ferj ou no site da entidade. “Nosso trabalho é pautado em disciplina, organização e planejamento. Quem não se adequar está fora. Até hoje, (os supostos prejudicados) América, Duque de Caxias e Rezende não protocolaram nada aqui. São quatro anos sem nenhum questionamento em 17 competições anuais”, finalizou. Com informações do Portal Terra.

Ferj diz que denúncia contra árbitros é falsa e pede investigação

Ana Cláudia Barros
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) rebateu as acusações de que teria montado um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Estadual entre os anos de 2006 e 2010. Em documento, encaminhado na tarde desta sexta-feira (2) à Procuradoria Geral de Justiça, a entidade destaca que as denúncias, apresentadas por dois supostos ex-árbitros durante entrevista ao Jornal da Record, são "absurdas, levianas e maledicentes", e pede "investigação para apuração dos fatos veiculados". O mesmo procedimento foi solicitado ao Presidente do Tribunal de Justiça do Futebol do Estado do Rio de Janeiro. No documento, a Federação enfatiza ainda que as acusações mostradas na reportagem provocaram "seríssimos danos" à entidade. - O Jornal da Rede Record de Televisão, veiculado às 19h49, em 1 de setembro, apresentou matéria jornalística com falsas declarações e informações de pessoas com as imagens não identificadas e vozes distorcidas, que causaram seríssimos danos à Ferj e ao seu departamento de arbitragem, sem contar a extensão dos malefícios a todos os segmentos do futebol do Estado do Rio de Janeiro. O texto, assinado por Rubens Lopes da Costa Filho, presidente da entidade, ressalta que a matéria se baseou nas informações passadas por "dois vultos, que se diziam ex-árbitros da Ferj, sem que absolutamente nada pudesse identificá-los". - Evidentemente, e não poderia ser diferente, as absurdas, graves, levianas e maledicentes assertivas não podem, data venia, deixar de ser objeto de investigação por parte deste conceituado órgão.




Nenhum comentário:

Postar um comentário