Técnico campeão de 1960, faleceu na tarde de Terça-feira(24/07), vítima de infarto por volta das 12:30hs, Jorge Vieira, aos 78 anos. Nascido em 18 de julho de 1934, Jorge se despediu da família e da torcida americana, deixando seu grande feito marcado no torcedor rubro quando, com apenas 26 anos, comandou o esquadrão na conquista do Campeonato Carioca de 1960. O treinador também trabalhou no America em 2006 (durante a passagem do técnico Jorginho) e em 2008. O enterro acontece às 11h desta quarta-feira (25), no cemitério São João Batista. Presidente e conselheiros do clube se farão presentes à cerimônia. O presidente Vinicius Cordeiro decretou luto oficial de três dias.
JORGE VIEIRA: HOMENAGEM DA TORCIDA DA PONTE PRETA (FONTE BLOG DO ARI WWW.FUTEBOLINTERIOR.COM.BR)
O bom dia de hoje vai pra ‘molecada’ pontepretana que vem com pedras nas mãos a menor crítica feita ao time. De certo esta rapaziada desconhece que o carioca Jorge Vieira veio treinar a Ponte Preta em 1975. E Jorge Vieira morreu nesta terça-feira no Rio de Janeiro, aos 78 anos de idade. Na passagem por Campinas, Jorge Vieira ganhou o apelido de ‘Ponte Aérea’. É que logo após os jogos aos domingos ele se mandava para o Rio de Janeiro e só retornava nas tardes de terça-feira ou até mesmo na quarta-feira pela manhã, quando era possível programar a chamada semana longa de treinamentos. Vieira era o chamado ‘bom papo’. Sabia levar a boleirada com boa conversa, e assim foi colhendo frutos na carreira, com passagens no futebol paulista por Botafogo de Ribeirão Preto e Corinthians. Se não estou enganado ele estreou na Ponte no dia 19 de janeiro de 1975, justamente num dérbi, com derrota para o Guarani por 2 a 0, gols de Mauro e Wolney. A partida, realizada no Estádio Moisés Lucarelli, foi válida pelo Torneio Laudo Natel. O curioso na época é que os boleiros pontepretanos Carlos, Oscar e Carlos Magno estudavam na mesma classe dos jogadores bugrinos Joãozinho (irmão de Bezerra) e Marcos Paulo, no terceiro ano do curso colegial da Escola Estadual José Vilagelin Neto, no Jardim Proença. Vale a pena recordar o time da Macaca naquele dérbi: Carlos; Jair Picerni, Oscar, Zé Luís e Vulca; Geraldo e Valtinho; Brinda, Mosca, Valdomiro e Tuta. A passagem de Jorge Vieira pela Ponte Preta foi curta. Desligou-se do clube no dia 20 de julho daquele mesmo ano, após empate por 1 a 1 com a Portuguesa, no Estádio do Canindé. Paradoxalmente, a partir daquele momento a Ponte Preta iniciou a montagem do melhor time de todos os tempos, que culminou com a decisão do título estadual contra o Corinthians, em 1977. Zé Duarte foi contratado para substituir Jorge Vieira e começou a busca por reforços, com as chegadas de Odirlei, Parraga, Vanderlei Paiva, Marco Aurélio, Lúcio e Rui Rei.Confesso desconhecer o motivo de Zé Duarte ter deixado provisoriamente o comando da equipe principal em 1976, substituído por Armando Renganeschi. Não sei se Duarte foi treinar equipes de base, ou se transformou em auxiliar de Renganeschi, ou deixou a Ponte. Vou pesquisar. O certo é que pouco tempo depois ele reassumiu a equipe principal e o resultado é de conhecimento geral. Em 1978 Jorge Vieira foi treinar o Botafogo de Ribeirão Preto, num Paulistão só encerrado no início de 1979. O meia Sócrates já havia se transferido para o Corinthians, refazendo a dupla de área com Geraldão, e o time base do ‘Pantera da Mogiana’ era Aguilera; Wilson Campos, Nei, Manoel e Batista; Miro, Mário e Osmarzinho; Zé Cláudio, Paulo César e Valter.
JORGE VIEIRA: JORNAL O GLOBO relembra reportagem dos 50 anos do último título carioca
Ex -treinador, de 78 anos, estava internado no Prontocor, em Botafogo. Ele tinha um lugar garantido no coração dos torcedores do América. Afinal, foi sob o comando de Jorge Vieira que o simpático clube da Tijuca conquistou seu último Campeonato Carioca, em 1960. E foi exatamente o coração de Jorge Vieira que falhou, aos 78 anos. Nascido a 18 de julho de 1934, estava internado no Prontocor, de Botafogo, e morreu nesta terça-feira. O enterro será nesta quarta, no Cemitério São João Batista, às 11h. Além do América, ele foi treinador de Vasco, Fluminense, Olaria e da seleção do Iraque de Saddam Hussein, time que classificou para a Copa do Mundo de 1986, no México. Como jogador, Jorge Vieira foi lateral do Madureira e trabalhou também no futebol mexicano, onde se tornou bicampeão pelo América da Cidade do México. Lateral de estilo vigoroso, encerrou cedo a carreira de jogador, e aos 26 anos estreou com sucesso na função de técnico, levando o alvirrubro da Campos Salles ao título carioca.
Em entrevista ao jornal O GLOBO em 2010, na comemoração dos 50 anos daquela conquista, Vieira parecia ainda não acreditar na façanha que havia conseguido, lidando com muitos jogadores até mais velhos que ele, como o goleiro Pompéia, o meia João Carlos e o atacante Nilo.
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