sábado, 29 de novembro de 2014

FUTRIO HOMENAGEIA JORGINHO, TETRA EM 1994, QUE REVELA PAIXÃO PELO AMERICA



FutRio homenageia Jorginho, tetra em 94, que revela paixão pelo America

Lateral campeão mundial foi estrela presente à premiação da "Seleção FutRio"

A festa da "Seleção FutRio", realizada na última segunda-feira (27), marcou não só a consagração dos melhores das Séries B e C do Carioca, mas também uma homenagem merecida aos jogadores que conduziram o Brasil ao título da Copa do Mundo de 1994. Nos 20 anos da conquista, o antigo lateral-direito Jorginho compareceu à festa e recebeu um troféu comemorativo pela data.

Ao ser anunciado, Jorginho foi aplaudido de pé pela plateia presente ao Naília Beach Club, na Barra da Tijuca. Ele agradeceu ao FutRio pela homenagem e lembrou que a premiação realizada pelo site foi a única a lembrar o aniversário de duas décadas da conquista da Seleção Nacional.

- Os tetracampeões não foram homenageados neste ano e é uma data importante. Eu mesmo queria organizar uma festa, organizá-la no Copacabana Palace, mas não deu tempo porque estava indo para Dubai. E fico feliz por poder receber esse prêmio, o único que tivemos neste ano. Agradeço mesmo, de coração, ao FutRio, aos parceiros e investidores - disse Jorginho, que esteve nos Emirados Árabes Unidos, onde comandou o Al-Wasl, da Primeira Divisão local.
Jorginho também aproveitou para relembrar a conquista de 1994, pela Seleção Brasileira. Titular na época, ele recordou também a experiência no Mundial anterior, na Itália, onde problemas internos acabaram atrapalhando o redinmento da equipe, que foi eliminada precocemente pela Argentina:

- Aquela foi uma grande conquista, o ambiente era ótimo e isso fez diferença. Saímos do Brasil desacreditados, mas nossa equipe era boa, qualificada. A experiência da Copa de 1990 também contou porque, naquela ocasião, o ambiente não era bom, mesmo com um bom time. Em 94, a gente tirou toda a vaidade do nosso meio, não deixou nada de fora influenciar. Toda conquista é importante, mas a Copa do Mundo é o máximo que se pode alcançar.

Morador de Cascadura durante a infância, Jorginho ainda aproveitou para recordar seu lado torcedor. Em 1970, quando o Brasil foi tricampeão mundial, no México, o ex-lateral tinha apenas seis anos de idade, mas lembra-se bem de como fazia para acompanhar a Seleção, destacando que, a exemplo de muitos torcedores, ver a "Canarinho" erguendo a taça foi uma novidade também para ele.

- A Copa de 94 foi minha primeira oportunidade de ver a Seleção campeã mundial, nada pode se comparar. Quando eu era criança e o Brasil foi campeão em 1970, não tinha televisão na vila em que eu morava, então tudo que a gente acompanhou foi em um alto-falante que ficava no alto de um poste. Eram outros tempos. Então, para mim, ver o Brasil ganhando um Mundial em 94 foi algo único e uma novidade - revelou.

Cria do America, ex-jogador relembra os tempos do Andaraí
Por mais que tenha ficado marcado como um jogador de muito destaque no Flamengo, Jorginho teve sua primeira oportunidade profissional com a camisa do America, clube em que chegou aos 14 anos. Ele revelou que esteve perto de sair do clube ainda aos 18 anos, mas só ficou por insistência do então técnico, Edu Coimbra. Até que, em 24 de outubro de 1982, veio a grande chance. O zagueiro Duílio se machucou e Jorginho foi para o jogo. Justamente diante do Vasco, clube para o qual torcia, e com a incumbência de parar ninguém menos que Roberto Dinamite.

- Subi para os juniores e ia ser mandado embora, mas o Edu pediu para ver todo mundo. Disse a ele que jogava como lateral-direito, lateral-esquerdo e zagueiro. Meu primeiro jogo foi contra o Vasco, entrando no lugar do Duílio e para marcar o Dinamite. Logo eu, que era vascaíno na infância. O nosso grupo daquela época era maravilhoso: Gilson Gênio, César, Everaldo, Gilcimar... Foram momentos marcantes - lembrou, sem destacar, no entanto, que a vitória em seu jogo de estreia foi justamente americana, por 2 a 0. Aliás, na hora de dizer qual é seu clube do coração, Jorginho não teve dúvidas:
- Todos me perguntam qual é o meu time. Quando criança, eu era vascaíno, depois mantive o Flamengo no coração por muitos anos, por ter jogado lá. Mas o meu time de verdade é o America
Mesmo tendo trabalhado fora do país recentemente, Jorginho mostrou estar por dentro também do que acontecem os clubes de menor investimento e mandou um recado ao técnico vice-campeão da Série B do Carioca, Rubens Filho, do Tigres do Brasil, além de passar aos jogadores presentes a vivência de aproveitar ao máximo a carreira:

- Já tinha ouvido falar muito do Rubens, que ele era o maior papa-títulos. Respeito muito meu amigo Aílton (técnico do America), mas seria legal se o Rubão pudesse dar uma força para ele subir o America. Aos jogadores, queria dizer que não importam os momentos difíceis que se enfrentam na vida, na Segunda ou na Terceira Divisão. Sempre vale a pena dar o seu melhor. Sempre tem alguém te vendo, técnico, empresário, olheiro... A vida de jogador passa muito rápido e é importante aproveitar. Porque, quando você se dá conta, já tem cinquentinha como eu (risos).
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